terça-feira, 9 de junho de 2009

A VERDADE SOBRE O ÓXIDO NÍTRICO (NO2)


O óxido nítrico, conhecido previamente como "fator relaxante endotélio-dependente", é a nova vedete da suplementação esportiva. Seu efeito vasodilatador tem sido estudado em pessoas normais ou portadoras de doenças. A deficiência de óxido nítrico tem sido considerada fator de risco para eventos como infarto do miocárdio. Sua secreção natural é dependente do "stress" que a passagem de sangue provoca na camada mais interna dos vasos, o endotélio. O exercício, por aumentar o fluxo de sangue pelos vasos sanguíneos, provoca a secreção do óxido nítrico que por sua vez aumenta o diâmetro destes vasos.
O descobrimento da arginina como indutor da secreção de óxido nítrico pelas artérias é deu início aos estudos sobre suplementação específica deste aminoácido, como meio de provocar o aumento da performance muscular na atividade física. O aumento do diâmetro das artérias proporciona maior fluxo sanguíneo para os músculos em atividade. Com isto, o músculo recebe mais oxigênio e nutrientes, o que acarreta em aumento de diversas variáveis fisiológicas, como força, resistência e potência.
No estudo não-publicado da Baylor University (http://www.baylor.edu/), praticantes de musculação "com longo histórico de treinamento" foram divididos em dois grupos, por meio de sorteio. Por oito semanas, um grupo recebeu NO2 Hemodilator e o outro, placebo (substância inerte). Os pesquisadores e os atletas não sabiam qual grupo recebia o produto testado ou o placebo. Somente uma pessoa sabia qual grupo ingeria a substância e isto foi mantido em segredo até o final do estudo. É o que se chama de estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo.
Ao final do estudo, o grupo que recebeu o NO2 Hemodilator obteve resultados superiores ao grupo que recebeu placebo. Os resultados foram os seguintes:
- no teste de repetição máxima, no exercício de supino, verificou-se que:
- o grupo NO2 aumentou a carga em 19,18 libras;
- o grupo placebo aumentou a carga em 5,73 libras.
- no teste de Wingate, onde se verifica a potência anaeróbia aláctica e a resistência anaeróbia láctica, verificou-se que:
- o grupo NO2 aumentou a resistência muscular anaeróbia láctica em 2,7 watts por segundo e a potência anaeróbia aláctica em 78 watts;
- o grupo placebo diminuiu a mesma variável em 3,7 watts por segundo e a potência anaeróbia aláctica em 69 watts.
Os resultados obtidos no estudo da Baylor University mostraram, portanto, aumento da potência e da resistência muscular no grupo que foi suplementado com NO2. É importante salientar que o grupo estudado foi de praticantes de musculação com longo histórico de treinamento, o que tornaria mais difícil o aumento das variáveis fisiológicas.

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